terça-feira, 22 de abril de 2014





Domingo de manhã.

Estava em cartazes, os rádios anunciavam o espetáculo que ia acontecer. Parentes, pessoas, amigas loucas para encontrar com algum deles... Não sei como, mas sei que estava lá, vendo cada passo, cada gesto e zoeiras que faziam.
Sei que uma moça conhecida entrou, tagarelava sem pestanejar, dizia de sua roupa de trabalho - camisa branca, saia beje, terno na esma cor - amassada na tentativa de justificar a falta de vestimenta especial para a ocasião. ou não ocasião (acho q vi a calcinha dela), tanto faz, virei o rosto e percebi que o baterista estava com problemas para trazer seu instrumento, puxou uma especie de carrinho auxiliar e derrubou outras caixas de som... prejuízo eles diziam; reclamava também, mais tinha um bom humor. Chamava-se de "gordinho simpático', vestido a couro cru e caveiras no corpo, sorria, pois suas palavras se traduziam em músicas nos top's list dos rock. Estava ali sentada justamente onde montava seu espaço, conversamos sem saber nada do mesmo assunto, apenas um que nos ateve bastante, (como poderia? um livro de poesia) ele conseguia ler e transformar tudo em rock (rs).
Não lembro ao certo, mas o vocal estava ocupado demais, seu look... Não em lembro bem (ele era bonito, mas não dos meus) estava preocupado com as presenças especiais que chegariam, senti que minhas amigas haviam conseguido algo, os nomes que balbuciavam eram de fato conhecidos... Em um momento sei que estava do lado de fora conversando com outro e que algo palpitava (nossa como ele era divertido), devo ter me identificado pelo fato dele ser um pouco mais intelectual que os demais, gostar de conversas com sentido. Não sou tímida, nem não sou roqueira, sei que tinha um livro de poemas e uma agenda a mãos, ele deu-se a bobo de olhar, viu compromissos e parou nas marcações, perguntou para quê tantas prescrições, aferimento de pressão e temperatura. Disse que marcava periodicamente, pois me sentia um pouco doente e sem família por perto tinha que me cuidar. Senti sua mão acima dos olhos e depois abaixo da orelha, ele sentiu minha respiração... coisa de sonho, mas ele escreveu um remédio na agenda e disse que ajudaria a baixar a febre. Como eu iria imaginar?  formado em medicina, com consultório aberto mas preferia a vida na estrada e era um musico apaixonado, gostava de tocar contrabaixo e beber com os amigos.
A grama estava macia, o orvalho refletia em arco iris, as mãos brincavam entrelaçadas no ar... a música era sertaneja mas cabia ao momento... acho que nunca sorri tanto, ele sabia divertir-me bem, as pelúcias ganhadas na turnê serviam de travesseiros estava de fato envergonhada, tinha pessoas de ternos por todo o lado, (deve ser tão normal para ele). Feito surpresas daquelas gravadas em video senti ele aproximando, manha fria e respiração quente, um beijo foi tão confortante que achei que nunca sairia dali. Entre risos e beijos a música parecia repetir (ou foi tudo durante uma musica?) a gente se beijava e ele sorria... olhava em seus olhos e juro que tentava entender o que havia acontecido... apenas sei que falar sobre isso me faz feliz, traz o sorriso aos meus lábios e era disso que precisava, para um domingo de manhã...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ga-bri-ela!

Toda vida tem
metas e propósitos
cada  recaída 
não deve, nunca
ser a última b a t i d a...

Quando pensar e decidir-se
daquilo ser o que acredite
então confia, 
aposte      e           credite!


Atos  legitimam, sentimentos  regem
aos passos que forem testados
dos mais amargos des dê nhos
das mais doces con quis tas

Assim quando der 
mais uma b a t i d a
que seja forte
tão forte que 
encontre-a... s > a > i > d > a >

L ê a i
bri-ga-e-la   e-la-bri-ga?
e- à(aa) - i?
Ga-bri-e-la!


Taciana lopes - 5h48 07/04/2014



domingo, 2 de março de 2014

Perdidos nas horas, os olhos embaçados 
vêem que tudo se deslocou
mesa, cadeiras, roupas... a cama
Lembranças dos sorrisos insinuantes
numa voz suave, outra envolvente
mãos calorosas, suspiros e desejos 
entre loucos amantes...

As horas que se passaram
nem foram poucas;
mas o tempo que distanciou
no passado,  foi necessário
Para florescer uma mulher
Para esculpir esse homem;

Por não ter sido antes, a partir 
dessa noite mil fantasias,
entrelaçando corpos... AMOR À PARTE!?
Desejando sempre mais, que seja a vontade
No calor estonteante e suor incessante
Entre ambos, sexo é ARTE!

Taciana Lopes








sábado, 11 de janeiro de 2014

Desconhecido.

Se algum dia descobrir que sou a metade que te faltava, e após tanto tempo falar que me ama querendo -ao meu lado- ser feliz...Recordando direi que estive ao seu lado, alterarei a voz para lhe lembrar que por tempos tentei fazer-me presente, que busquei todas as maneiras fazer-te clarear as vistas e olhar-me com novos olhos, e nada...
E caso venha a insistir, mostrando um amor tão grande ou maior que o meu,  -Indagarei!- se estará disposto a provar desse amor, a transformar todas as decepções, pelas quais passei, em esperança e futuro esperarei que refaça meus caminhos e que...
Tropeçe nos mesmos tropeços;
Chore dos mesmos choros;
Sofras dos mesmos sofrimentos;
Até que quase morra de desespero tal como eu, 
buscando o meu amor, como busquei o seu.
mas o faça direito!
Faça todas as surpresas das mesmas que fiz;
dê-me todos os carinhos que te dei;
Volte todas as atenções que lhe voltei;
Percas as horas que perdi te esperando;
Não durma as mesmas noites que não dormi;
 Passe os dias procurando por mim, como te procurei.
Use de toda a força desse seu sentimento, mas lhe digo que se você suportar a tuod isso e ainda seguir me amando e que mesmo assim eu de nada - nem amor, carinho ou consideração- puder proporcionar, despresar de tudo que fez querer apenas tua amizade verá que um dia bastará!
Estará cansado de ser apenas um bom amigo e decidirá tocar tua vida em frente - mesmo que sozinho- e ser mais um desconhecido...
E como é que sei disso? Ora afinal, até mesmo o mais tolo de todos os escritores, já sabe o  fim de sua história.
Taciana Barbosa 01/2014